Na Ecologia Vegetal, restinga se refere às diferentes formas de vegetação que crescem sobre solos arenosos de áreas de planície costeira, sob a influência marinha e fluvio-marinha. São áreas de grande diversidade ecológica, consideradas comunidades que sofrem grande influência do tipo de solo e de outros fatores ambientais como o clima. A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, sobre cordões arenosos, e associadas a depressões.
No Brasil, as áreas de restinga distribuem-se ao longo do litoral do país, banhado pelo oceano Atlântico, desde o norte do Amapá até o sul do Rio Grande do Sul, coexistindo com alguns biomas, como a Mata Atlântica e o Mangue. No Maranhão há muitas áreas de restinga, pois o estado apresenta uma zona costeira com cerca de 640 km.
Os diferentes tipos de vegetação que ocorrem nas restingas brasileiras variam desde formações herbáceas, que têm a estrutura um pouco mais flexível e frágil, com caules verdes, devido a natureza de seus tecidos, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas em que a mais alta camada de folhagens varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20m. São em geral caracterizadas pela pouca diversidade, quando comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade.
Há fatores que influenciam na formação da restinga como a distância do mar, as características do terreno e a própria vegetação, que ao se estabelecer no solo de areia vai mudando as condições ambientais e permitindo que outras plantas se estabeleçam.
Além da vegetação típica, também são compreendidos como componente da restinga as dunas, os manguezais, lagoas e brejos. Ela é considerada essencial para a manutenção e proteção do ecossistema costeiro do litoral, bem como da qualidade da água, na prevenção à erosão costeira e preservação de espécies marinhas e terrestres.
Com a constante redução da área no litoral, fruto, em grande parte, da especulação imobiliária, da poluição, contaminação e devastação, a restinga está cada vez mais vulnerável e fragilizada, necessitando de reposição de sua vegetação e proteção do território.